sábado, 11 de agosto de 2012

(2012/615) Por que insisti? Chesterton II


1. Disse que tentaria de novo. Tentei. Sempre de má vontade. Ortodoxia, de G. K. Chesterton - o elogiado... Li isso aqui:

Essa é a emocionante aventura da Ortodoxia. As pessoas adquiriram o tolo costume de falar de ortodoxia como algo pesado, enfadonho e seguro. Nunca houve nada tão perigoso ou tão estimulante como a ortodoxia. Ela foi a sensatez, e ser sensato é mais dramático que ser louco. Ela foi o equilíbrio de um homem por trás de cavalos em louca disparada, parecendo abaixar-se para este lado, depois para aquele, mas em cada atitude mantendo a graça de uma escultura e a precisão da aritmética.

2. Ora bolas! Não é um livro para estudar o passado - é um livro para defender a ortodoxia. Que seja, que se defenda a ortodoxia. Mas com argumentos assim, valha-me Deus! A ortodoxia foi a sensatez? A sensatez? Ela foi o equilíbrio? O equilíbrio?

3. Você quer ser ortodoxo? Seja. Mas a primeira coisa que deverá assumir é que não há sensatez nem equilíbrio aí - é guerra, como bem o sabe Judas 3: é defesa da fé a qualquer custo, mesmo ao custo da morte de pessoas, como foi o caso...

4. Ah, Chesterton - tenha paciência, não?

5. Acho que os articulistas cult da direita andaram lendo Chesterton...

6. Chesterton deve achar que sem a ortodoxia o mundo tinha se matado, os homens devorando-se uns aos outros. Assim, os mortos que a ortodoxia produziu é efeito colateral da sensatez e do equilíbrio... Com esse tipo de argumento, defende-se até o Nazismo...





OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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