sábado, 4 de fevereiro de 2012

(2012/141) Porque tá na moda bater na Teologia da Prosperidade (melhor você não ler)


1. De cara, deixo logo claro: acho um "crime" a Teologia da Prosperidade. Fosse meu o país, ia pra cadeia quem pregasse isso. Ponto.

2. Agora, vamos ao que interessa.

3. José prega que se você der dinheiro, Deus vai abrir as portas do céu e abençoar sua vida. Dá 30, ganha 7 x 30.

4. Jacó diz que se você crer em Jesus, não vai pro inferno. Levanta a mão, tá salvo.

5. José se baseia em Malaquias 3,10 e, se precisar de ilustração, vai em Elias e seu encontro com a viúva: me dá primeiro, velha, que depois Deus te dá...

6. Jacó usa Paulo, Romanos, basicamente. Se precisar de ilustração, pega os Evangelhos.

7. Bem, você pode não gostar de José, mas vai dizer o que quando ele te mostrar Malaquias?

8. Do ponto de vista "teológico" clássico, qual a diferença?

9. Agora, se vamos analisar a coisa toda para além de versos bíblicos, bem, é melhor se preparar pra cair a casa toda, de Malafaia a Billy Graham.

10. Ou se resolve com crítica séria, com política republicana, com direito e legislação, ou a coisa descamba para a guerra de deuses - meu Deus disse isso, meu Deus disse aquilo, com cujo joguinho se arrancaram olhos e queimaram carnes: é Deus de cá metendo dedo na cara de Deus de lá... É verso bíblico daqui contra verso bíblico dali... Faça-me o favor!

11. Acho que Malafaia e a tropa de super-mega-hiper-power-ultra-plus pastores arrancaram foi é pouco dinheiro dos fiéis - Deus mandou dar é tudo e tem muito dinheiro pra arrancar ainda...

12. Agora, quando virar caso para o Ministério Público, aí a gente conversa...



OSVALDO LUIZ RIBEIRO

PS. avisei pra não ler, não avisei?

2 comentários:

Anônimo disse...

Mestre,

Conversando com um amigo ontem ouvi:

"A diferença é que nós (reformados) queremos ter Deus, apenas Deus, mesmo que não tenhamos as coisas e eles querem as coisas, mesmo sem Deus"

Eu argumentei:

"Então, no final das contas, somos 'nós' os pidões, estamos pedindo muito mais."

No final das contas, a coerência custa mais caro que um lote no céu.

Peroratio disse...

Felipe, isso que seu amigo disse é uma tolice sem tamanho, um disparate sem pé nem cabeça. É porque ele julga a teologia dos outros pela dele que ele diz que os outros querem as coisas, mas sem Deus. Tolice. Para os outros, Deus e as coisas são um pacote só. Agora, quero ver seu amigo reformado ir pra igreja sem ser eleito e estar destinado ao inferno... A coisa que o outro quer pode até ser diferente da coisa que seu amigo quer, mas ambos querem é coisa. Não há religião que não queira alguma coisa dos deuses.

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