1. Nenhum cristão que eu tenha conhecido pessoalmente levou ou leva de fato efetivamente a sério o amor como a marca única e fundamental do Cristianismo. Nenhum. Nem entre os pastores nem entre os limpa-bancos. Nem entre os zeladores nem entre os diáconos. Nem professores de seminário nem diretores de casas de caridade. Nenhum. Nem homem nem mulher.
2. No entanto, não tem um que não entre no facebook a escrever sobre amor, amor, amor, amor... Haja paciência!
3. Para a multidão de cristãos da rede, amor é acessório. Na frente, vai todo o resto: fé, doutrina, "verdade", a tralha teológica toda.
4. Que seja. Tudo bem! Mas, por favor, quando efetivamente levarmos a sério que, no Cristianismo, a única coisa que vale, de fato, é o amor, então falemos de amor.
5. Enquanto isso, será mais aconselhável ficarmos calados, refletindo sobre por que para nós é mais fácil gastar a vida dentro de uma nave, cantar oitocentos corinhos por noite, ofertarmos zilhões ao "Senhor", aprendermos todos os jargões do evangeliquês da moda, mas, dedicar-nos à caridade, efetivamente, como valor maior, não... Falar de amor, falar, falar, de amor, amor, falar, falar, matracas de feira!
6. Na boca de quem pratica um evangelho clássico, de banco, alternativo, de pular e dar cambalhotas, pós-moderno, de fazer metáforas, uma coisa tão séria quanto amor soa mal, mal, muito mal.
7. Chega a ser pecado.
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
(PS - para quem não entendeu, esse post não trata do amor, mas da hipocrisia - não estou pedindo que nos tornemos Madres Terezas de Calcutá, mas que sejamos menos hipócritas).
Um comentário:
Com muita vergonha, concordo. De novo.
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