1. Almocei com Jimmy, ele e sua sonda renal-uretral. Falamos de algumas coisas, das quais sempre falamos. Uma delas foi sobre o caráter da "Teologia Hermenêutica". Um colega de ambos admirou-se de que, em meu sistema classificatório para a Teologia (ontologia, metáfora, fenomenologia) não coubesse lugar, por exemplo, para a Teologia Hermenêutica.
2. Jimmy, automaticamente, retrucou: mas a Teologia Hermenêutica é metáfora! Bem, aí, agora, foi Jimmy e eu que entramos em conflito. Eu já acho que Teologia Hermenêutica não é metáfora, é ontologia. De qualquer forma, seja uma coisa, seja outra, cabe, sim senhor, no sistema.
3. Ensaio uma solução para o conflito. Jimmy e eu estávamos falando de coisas diferentes. Com "Teologia Hermenêutica", Jimmy se referia a alguma coisa pós e pró-vattimoniana. Aí, sim: Vattimo é um campeão da metáfora - a "teologia cristã", dessacralizada, virada pó e pigmento de cultura, é, mesmo, a tinta que recobre a sociedade ocidental, e não haveria de ser outra coisa. Uma Teologia que beba na fonte de Vattimo, só pode ser metafórica, ter delírios de metáfora. Se Vattimo é citado, e a Teologia conseqüente não se assume metafórica, algo está errado - eventualmente, até, deixo consignado a hipótese, em meu entendimento.
4. Todavia, com Teologia Hermenêutica não me refiro a Vattimo. Aos vattimonianos, teólogos, aí, sim, classifico-os, se conseqüentes (nem sempre é o caso), de metafóricos. Mas falava eu da Teologia de G. Ebeling e E. Fuchs, que tentaram resolver o problema do excesso de objetividade/positividade de K. Barth e o problema do excesso de subjetividade/negatividade em R. Bultmann. Ora, e todos, ali, senhores, a tese, Barth, a antítese, Bultmann, e as sínteses, Ebeling e Fuchs, são ontológicos. Todos. Sem exceção.
5. Vattimo é a ponta nova do afloramento rochoso na crosta da "Hermenêutica". Está, ainda, por ser feita, uma teologia que realmente confesse, escancaradamente, o postulado de Vattimo - não se espere seja eu a fazê-lo. Já li até quem o cita, mas descita, que se diz basear-se nele, mas o nega. Já a ontologia, goteja pelos poros da pastoral. Ou é ela, ou outra coisa. Mas, nesse caso, prefiro não comentar...
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
2. Jimmy, automaticamente, retrucou: mas a Teologia Hermenêutica é metáfora! Bem, aí, agora, foi Jimmy e eu que entramos em conflito. Eu já acho que Teologia Hermenêutica não é metáfora, é ontologia. De qualquer forma, seja uma coisa, seja outra, cabe, sim senhor, no sistema.
3. Ensaio uma solução para o conflito. Jimmy e eu estávamos falando de coisas diferentes. Com "Teologia Hermenêutica", Jimmy se referia a alguma coisa pós e pró-vattimoniana. Aí, sim: Vattimo é um campeão da metáfora - a "teologia cristã", dessacralizada, virada pó e pigmento de cultura, é, mesmo, a tinta que recobre a sociedade ocidental, e não haveria de ser outra coisa. Uma Teologia que beba na fonte de Vattimo, só pode ser metafórica, ter delírios de metáfora. Se Vattimo é citado, e a Teologia conseqüente não se assume metafórica, algo está errado - eventualmente, até, deixo consignado a hipótese, em meu entendimento.
4. Todavia, com Teologia Hermenêutica não me refiro a Vattimo. Aos vattimonianos, teólogos, aí, sim, classifico-os, se conseqüentes (nem sempre é o caso), de metafóricos. Mas falava eu da Teologia de G. Ebeling e E. Fuchs, que tentaram resolver o problema do excesso de objetividade/positividade de K. Barth e o problema do excesso de subjetividade/negatividade em R. Bultmann. Ora, e todos, ali, senhores, a tese, Barth, a antítese, Bultmann, e as sínteses, Ebeling e Fuchs, são ontológicos. Todos. Sem exceção.
5. Vattimo é a ponta nova do afloramento rochoso na crosta da "Hermenêutica". Está, ainda, por ser feita, uma teologia que realmente confesse, escancaradamente, o postulado de Vattimo - não se espere seja eu a fazê-lo. Já li até quem o cita, mas descita, que se diz basear-se nele, mas o nega. Já a ontologia, goteja pelos poros da pastoral. Ou é ela, ou outra coisa. Mas, nesse caso, prefiro não comentar...
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
2 comentários:
Oi, Osvaldo
O colega de ambos ao reivindicar a Teologia Hermenêutica como parte do seu sistema classificatório me parece - posso estar sendo maldoso - estar querendo uma "saída pela direita", pois seu sistema desnuda tudo, as posições políticas ficam claras. Parece que se quer esconder tais posições. Por que seria?
Num ponto concordo com você, Robson: o sistema de classificação que proponho desnuda posições - e isso e desagradável. Contudo, é honesto.
Agora, se a razão que você alega para que nosso colega afirme que a Teologia Hermenêutica não caiba ali é exatamente essa que você menciona, não sei. Deve haver uma razão. Há outras possíveis. Não sei exatamente qual.
Osvaldo.
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