1. Martin Buber foi provavelmente um exemplar vigoroso de uma espécie cada vez mais rara ou em extinção: os sábios. Nasceu em Viena, Áustria, em 1878; viveu seus anos jovens na Alemanha; veio a falecer em Jerusalém. A imagem usada por Osvaldo em seu post sobre o labirinto do tycon roller coaster e o olhar por sobre o muro e a negação do ensino me fez ficar atento a um citado de Buber.
2. No seu livro De uma prestação de contas filosófica, Buber escreve: "Devo dizer mais uma vez: não tenho ensinamentos a transmitir. Apenas aponto algo, indico algo na realidade, algo não visto ou escassamente avistado. Tomo quem me ouve pela mão e o encaminho à janela. Escancaro-a e aponto para fora. Não tenho ensinamento algum, mas conduzo um diálogo" (Martin BUBER. Aus einer philosophischen Rechenschaft. In: Werke I. Schriften zur Philosophie, Frankfurt, 1963, p. 1114).
3. Buber foi um grande sábio judeu. A tradição judaica em diálogo com a tradição ocidental foi ambiente de seu pensar. Foi seu habitat. É 'tradição' ou 'Tradição'? A trégua não significa o fim da batalha. O diálogo continua!
HAROLDO REIMER
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