1. "É assim", "é provável que seja assim", "é plausível que seja assim" - esse, "é", é o jogo heurístico.
2. "Deve ser assim", "deveria ser assim", "pode ser assim", "não pode, não deve, não deveria ser assim" - esse, o jogo político.
3. "Gosto assim", "gosto que seja assim", "gosto desse jeito", "não gosto, não gosto que seja assim, não gosto desse jeito" - esse, o jogo estético.
4. São coisas completamente diferentes.
5. 1 pode ser feito sem 2 e 3. 2 deveria ser feito a partir de 1. 3 pode ser feito de qualquer jeito.
6. É política a interdição do jogo heurístico, quando equivocado, pelo fato de que as regras para se estabelecer o modo universal de saber como as coisas são não pode ser burlado: todos devem submeter-se aos estatutos consensuais de pesquisa, sempre em processo de re-avaliação, mas, aqui e agora, estabelecidos. Ninguém pode subjetivamente, por questões políticas ou estéticas, subverter a prática heurística. E só a política, enquanto jogo, pode estabelecer esse limite. Não, você não pode fazer desse jeito, por isso, por isso e por isso - você até explica por que, mas é político o jogo. E necessário.
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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