1. Da Teologia de Dietrich Bonhoeffer, mas Teologia mesmo, só me interessaria uma coisa, a única coisa realmente nova, a única novidade: o que ele pretendia dizer e o que ele estava pensando quando, sem ter dado forma concreta a isso, pensou em um Cristianismo não-religioso para um homem em estado adulto...
2. O mais, não me interessa. Não será em nada substancialmente diferente de Tillich, Bultmann, Pannenberg, Moltmann...
3. Quem me lê a partir de clubes teológicos, ficará escandalizado, vendo-me pôr teólogos tão "diferentes" na mesma linha... Mas não os olhos desde qualquer clube teológico: olhos desde uma visada epistemológica - e, todos, grosso modo, operam o mesmo instrumento.
4. Se alguém me disser que negligencio a Ética de Bonhoeffer, eu retrucarei imediatamente que a Teologia não pode prestar nenhum serviço à Ética - e que as boas Teologias são, todas, conjuntos hipônimos desse por sua vez hipônimo conjunto da Política. Logo, não é enquanto pensador da Ética que Bonhoeffer se fará bom teólogo...
5. Assim, fico sem ter uma substancial ajuda no campo teológico...
6. Muito rápido a Europa cristã, de filósofos e teólogos, tratou de afastar o vento da secularização, cantando homilias a um programático e retórico "re-encantamento" do mundo...
7. Se alguém quiser saber o que seria isso de um Cristianismo não-religioso para um homem em estado adulto, terá de pensá-lo por conta própria...
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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