1. Como vai você?, de Roberto Carlos.
2. Era 1984. Convertera-me em 10 de agosto e Dourado, que se tornaria meu "discipulador" - saudades, amigo! -, pôs-me numa equipe de evangelização. Bel era uma das meninas. Em novembro, a empresa em que eu trabalhava, a Dallari, mandou-me para São Paulo, para tomar conta de tratores que faziam curvas de nível em campos de braquiara para gado.
3. Era a primeira vez que eu saía do Estado. Tinha, então, 18 anos. Na despedida do pessoal da Equipe, Bel me deu um cartão, que eu lesse apenas no ônibus...
4. Ah, meus amigos... Foram seis horas de coração apertado... Paixonite incurável, dolorosa. Fiquei uns 30 dias em Iacanga, no interior de Bauru/SP. Cantava todos os dias essa música. Escrevi umas três cartas para Bel, e cantava essa música, cantava, cantava, cantava...
5. Quando voltei, começamos a namorar. Interrompemos por uns quatro meses. Em maio, dia 10, em 1985, reconquistei-a, depois de mais de cinqüenta cartas, que a enchente de 1988 nos roubou, a elas, mas não a nossa disposição de vivermos juntos, ficarmos juntos, morrermos juntos...
6. Agora, nesse minuto, ela dorme, ali, no quarto...
7. 28 anos de primeiro beijo. 27 de namoro firme. 26 de noivado. 25 de casados.
8. Hoje, amor, eu sei exatamente como vai você...
9. Mas ainda canto...
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
Um comentário:
Emocionante, amigo, de verdade!
Para quem encontrou também seu par eterno, como eu, esses relatos são significativos.
Abração!
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