1. O post 2011/376, de Osvaldo, sobre liberdade, individualidade e protestantismo, com excelentes reflexões do amigo, evocou prontamente trechos da obra de Charles Taylor, As fontes do Self. A construção da identidade moderna (São Paulo: Loyola, 1997).
2. Na página 281, o autor afirma:
Ao rejeitar o sagrado e a idéia da mediação, os protestantes também rejeitaram essa hierarquia [isto é, a divisão de trabalho entre monges, que oram, e povo, que trabalha e os sustenta], não só porque seu fundamento foi repudiado como incompatível com a fé, como também por ser contrário à natureza do comprometimento religioso da forma como o entendiam. Quando uma salvação mediada deixa de ser possível, o envolvimento pessoal do fiel adquire importância teológica sobre a inutilidade das obras humanas, mas também o novo sentido da importância crucial do envolvimento pessoal. A pessoa já não pertencia ao círculos dos eleitos, ao povo de Deus, por sua ligação a uma ordem mais abrangente que sustentava a vida sacramental, mas por sua adesão pessoal irrestrita.
3. A tese do autor, da qual comungo, é a Reforma, com todos os seus afunilamentos doutrinários posteriores, está na abertura para a modernidade, destacando a individualidade e o valor próprio do cotidiano e do trabalho como espaços de fé.
HAROLDO REIMER
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