1. Não é que eu acredite que se devam educar crianças muito pequenas sem uma base, sem um "quadrado". Ainda que já aí se devam introduzir técnicas didáticas "abertas", que incentivem, desde cedo, a criatividade, penso que não se pode fazer bom trabalho com crianças pequenas sem a implantação de uma base cognitiva, inclusive conteudística. Sem os tijolos, base da criatividade, não se pode, mais tarde, ser criativo - o inconsciente e os curtos-circuitos criativos precisam de comida, bem como de panelas!
2. Mais tarde, todavia, é necessário que se aprenda a sair do quadrado, a pensar fora dos limites impostos pela educação. Nesse caso, a criatividade deve agir sobre os próprios tijolos, sobre as próprias panelas.
3. Um bom exercício, simples, consiste no seguinte. Considere-se a figura abaixo - um quadrado formado pela projeção de quatro pontos (em preto).
4. Pois bem - sua missão é, com apenas três movimentos retos sucessivos, sem que a caneta (ou o mouse) saia(m) do papel (ou da tela), unir, passando necessariamente por eles, todos os quatro pontos. Insisto: você não pode tirar a caneta do papel, e só pode fazer três movimentos (três retas, apenas, três). Sim, tem solução - e simples. E, dica: saia do quadrado!
5. Não se trata de uma mera brincadeira, um jogo, uma curiosidade. Na vida, importa que saibamos "sair do quadrado". A criatividade, muitas vezes, materializa-se pelo desenvolvimento de uma nova forma de fazer coisas antigas. Quantas e quantas vezes cuidamos que seja impossível fazer determinada coisa, e desistimos? Todavia, eventualmente, não se trata de algo impossível, se tentado de outro modo, "fora do (antigo) quadrado"...
6. Perdoem-me, mas não posso deixar de particularizar o caso: a Teologia, por exemplo - teimosa como uma mula, e mais ainda, ela só sabe raciocinar assim: sou metafísica, filha dos deuses, e só sei existir assim, metafísica e no "plano dos deuses"; se eu deixar de ser confessional, de fazer-me no plano da fé, deixo de ser Teologia... Acreditem, esse argumento pulula, como nuvem de insetos, os artigos teológicos dos últimos anos, depois que a Teologia entrou no MEC. Uma vez que ela nasceu mito, cuida que só pode sobreviver assim... Pobre Teologia!... Conversou tanto com anjos, que lhes atrofiaram os neurônios. E tanto tempo habitou seu quadrado, que não consegue sair dele. Nem ela, nem nós, teólogos... E a ironia é que, depois de tanto insistirem para serem contadas, também as teólogas entraram - e não é que igualmente estão perdidas no quadrado das racionalizações da fé?
5. Não se trata de uma mera brincadeira, um jogo, uma curiosidade. Na vida, importa que saibamos "sair do quadrado". A criatividade, muitas vezes, materializa-se pelo desenvolvimento de uma nova forma de fazer coisas antigas. Quantas e quantas vezes cuidamos que seja impossível fazer determinada coisa, e desistimos? Todavia, eventualmente, não se trata de algo impossível, se tentado de outro modo, "fora do (antigo) quadrado"...
6. Perdoem-me, mas não posso deixar de particularizar o caso: a Teologia, por exemplo - teimosa como uma mula, e mais ainda, ela só sabe raciocinar assim: sou metafísica, filha dos deuses, e só sei existir assim, metafísica e no "plano dos deuses"; se eu deixar de ser confessional, de fazer-me no plano da fé, deixo de ser Teologia... Acreditem, esse argumento pulula, como nuvem de insetos, os artigos teológicos dos últimos anos, depois que a Teologia entrou no MEC. Uma vez que ela nasceu mito, cuida que só pode sobreviver assim... Pobre Teologia!... Conversou tanto com anjos, que lhes atrofiaram os neurônios. E tanto tempo habitou seu quadrado, que não consegue sair dele. Nem ela, nem nós, teólogos... E a ironia é que, depois de tanto insistirem para serem contadas, também as teólogas entraram - e não é que igualmente estão perdidas no quadrado das racionalizações da fé?
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
PS. Provavelmente, não é a única solução possível; mas deve ser a solução mais fácil e rápida - consulte-a aqui.
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