sábado, 14 de maio de 2016

(2016/116) Da ingenuidade ou do cinismo pastoral?

Eu não sei se é a profissão (ele é pastor na Europa), se é o efeito do ovo de vespa da fé no cérebro da pessoa, se é o compromisso institucional e corporativo com o clero, não sei. O fato é que um dos melhores livros sobre a Torá é, também, um dos piores...

Trata-se de A Torá, de Frank Crüsemann. O livro é 99% excelente, mas aquele 1%...

Na parte dos 99%, diz-se que as tradições do êxodo e da lei não estavam reunidas antes do término do exílio. A lei em Judá (e Israel) nunca fora divina, mas civil. Quem vai reunir a lei com a "religião" são os sacerdotes, que, então, inventam toda a tradição do Sinai, das leis, do dedo de Deus, essas coisas: mitologia política para administração das massas. "O caminho da lei até o Sinai" é, de fato, uma seção fantásticas, altamente recomendável...

Mas e os 1%? Bem, é quando o autor diz que a lei foi tornada divina para protegê-la das injunções humanas, da corrupção... Sim, aqui eu não consigo deixar de rir: porque é debochadamente estúpida a declaração.

A ideologia é uma merda...










OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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