quinta-feira, 9 de abril de 2015

(2015/410) Duas teses sobre evangelização

I. Acho que a gente tem que ter coragem de assumir as coisas, de dizer as coisas. Por exemplo, "evangelizar". Já passou da hora de os pastores esclarecidos, lúcidos, progressistas - porque os fundamentalistas ainda estão na Idade Média! - assumirem, sem meias palavras, que não tem nada que evangelizar coisa nenhuma. Tem que esclarecer, explicar, elucidar... Os pastores esclarecidos deveriam abandonar o fetiche da linguagem antiga, parar de ficar tentando dizer coisas novas (sei...) com as palavras velhas, denunciar literalmente que estávamos todos encantados por um espírito militar, de conquista; esclarecer a história e a desgraça que sempre foi e é essa tara, esse vício, essa doença de querer fazer dos outros religiosos iguais a nós. Deveríamos explicar sobre a religião, a religiosidade, desmistificar, humanizar, mas de verdade, para não cair no cinismo que ronda muito discurso falso-progressista...

É o que eu acho.


II.
Osvaldo, você fica querendo mudar a religião, inventando coisa, e agora vem com essa ideia de jumento de falar que não tem que evangelizar coisa nenhuma...

Meu amigo, se a religião fosse ficar fazendo sempre a mesma coisa, ainda estava matando gente para os deuses, escravizando pessoas, garantindo o papel subalterno da mulher além de uma série de outros crimes - como até pedofilia, já que Maria pariu Jesus com 13, 14 anos...

Cruz credo...

Pois é: o que hoje parece atual e correto, amanhã será considerado criminoso... Que culpa tenho eu se nasci cem anos antes do tempo?

Se nasceu antes do tempo, tenha paciência...

Paciência eu tenho. Quem não tem é quem vocês aviltam...











OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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