Eis porque considero absolutamente insuficiente, para pouco dizer, a Teologia de Tillich. Primeiro, ela ainda é ontológica, como já discuti em artigos e em meu livro Esboços de Teologia Crítica: Tillich é o "último" dos teólogos ontológicos, mas ainda é. Não, não é fenomenológico. Apenas a linguagem e a aparência, o modo retórico e o caminho da argumentação o são, mas a essência é ontologia. Segundo, para ele, teologia é sinônimo de cristianismo. Quando morreu, estava no meio de um intenso diálogo com budistas. Não sei qual seria o resultado disso. Só sei que, quando ele fez seu mea culpa, disse que lamentava ter cometido um erro: ter lutado com e contra a cultura em seu fazer teológico, mas ter deixado de lutar com e contra a História das Religiões. Eu não duvido que seu propósito era trazer para dentro da fé-teologia cristã o conjunto sintético da "história das religiões", da mesma forma como ele trouxe para dentro dessa fé-teologia o conjunto sintético da cultura.
Mas dizem que eu não sei ler Tillich...
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