É batata.
Por mais que pretendam, pela "forma" e "padrão" acadêmicos, descaracterizar a sua sensível identificação subjetiva com o pathos religioso, todos os textos que falam de "fenômeno religioso" em linguagem cripto-teológica acabam por tratar, no mesmo nível epistemológico, Rudolf Otto e Mircea Eliade como, ambos, "fenomenólogos da religião". Cada vez me surpreende menos a enorme má vontade que alguns cientistas da religião, mormente os de formação alemã, têm com Eliade, tratando-o como cripto-teólogo. Para mim, todavia, não é culpa de Eliade, mas de seus leitores e, quem sabe?, do fato de os cientistas da religião que fazem a crítica tomarem os leitores cripto-teológicos de Eliade pelo próprio Eliade... Seja como for, salvo engano, não há nenhuma relação epistemológica, por exemplo, entre O Sagado, de Otto e Tratado de História das Religiões, de Eliade.
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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