Nenhum de nossos neurônios sabe de nós.
Nenhuma de nossas células nos conhece.
Nenhum de nossos ossos sabe nosso nome.
Nosso sangue inteiro nos ignora
- e nossa pele não sabe que nos recobre...
A despeito disso, somos o que somos.
Somos a soma dessas ignorâncias todas.
Mas somos.
Quando tudo se desfizer,
a ignorância permanecerá.
E nós a beijaremos, finalmente...
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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