Dias de repetir exaustivamente o discurso, para mais um ano... Se a religião substitui a realidade pelo mito, as comemorações dessas datas mágicas substituem o discurso pela realidade, e você acredita que aquilo que se comemora de fato ocorreu, que de fato os valores pregados imperaram, que de fato aconteceu alguma coisa nova naquele dia...
Novo, só o discurso...
Felizmente, o discurso, por si só, mas conta a vontade dos discursadores, como quase sempre, arrebentou com o próprio redil discursivo e implantou-se como prática crítica, essa sim, coerente com o discurso...
Não demorou muito para que a prática crítica, coerente com o discursos, fosse banida, e o discurso voltasse a imperar, como se fosse corresponde com a prática.
Quer-se fazer crer que o discurso que se comemora é o que corresponde à prática.
Nem com mágica...
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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