Ensino Religioso como catequese está descartado pela LDB. Há quem o defenda e até faça lei a seu favor - mas não está de acordo com a LDB.
ER como ensino moral é secularização de ER como catequese: o sujeito acha que a função da religião é fazer o garotinho obedecer papai e mamãe - ou seja, o professor é ainda um infantil epistemológico e acha que consegue fazer alguém melhor dizendo a ela que Papai do Céu quer a gente bem comportadinha...
ER como ensino do Transcendente peca epistemologicamente - porque ninguém, em sã consciência (falei "sã"!) pode falar de Transcendência - não é um dado, não é um fato, é um pressuposto místico. Você até poderia falar do desejo de Transcendência, da experiência de Transcendência, porque esse desejo e essa experiência são antropológicos - mas só como fábula e mito pode falar de Transcendência, ainda que dourando tudo com as gemas da filosofia...
Resta ao ER tratar apenas do fenômeno religioso - universal, humano, histórico, psicológico, sociológico, geográfico...
Só o defendo nesse último caso.
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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