quarta-feira, 5 de junho de 2013

(2013/576) Não há enredos, não há histórias, não há roteiros: a vida é improviso que se mumifica


1. A vida acaba amanhã, e, depois, não há nada: não mate, não morra, não vale a pena - viva bem sua vida sem sentido...

2. A vida acaba amanhã, e, depois, não há nada: mate, morra, experimente a violência, o prazer da violência, o gosto do sangue, porque é sua única chance...

3. Como se pode ver, não há como construir "enredos" para a vida que não sejam, eles mesmos, filhos do estado da alma, sem nenhuma relação necessária com a vida mesma...

4. Uma vez que fomos soltos das amarras do DNA, não há absolutamente nenhuma forma de enredo - salvo aquele que vamos criando para com eles fingir que há enredos necessários...

5. Temo que nem mesmo o olhar que me implora compaixão seja motivo suficiente para construirmos enredos - porque há outros olhares que, diante de olhares que imploram compaixão, furam-lhes as órbitas, a ver o que têm dentro...

6. Não me espanta que até Voltaire tenha defendido o uso de Deus no controle das massas...






OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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