sábado, 19 de janeiro de 2013

(2013/048) Estruturalismo e suicídio


1. O que faz das teses estruturalistas apenas desejo de controle, princípio de prazer, sonho de que, quem sabe?, a gente se submeta, é a refutação inapelável a ela: suicídio...

2. Por isso o suicídio é tão combatido, um tabu: ele é a prova incontestável de que, no fundo, somos livres.

3. Tá, a mosca na garrafa: liberdade com limites... Sim, mas, se os limites são estreitos demais, você, já que não pode ultrapassar os limites, acaba com a garrafa: mata-se...

4. Se o gado fosse humano, o frango, os porcos, os cães vadios, muitos deles se matavam. Mas não são, não podem. Nós os prendemos em currais, granjas, pocilgas, e eles lá ficam até que os abatamos e comamos.

5. Nós, não: se nos dão a chance, acabamos com nossa própria vida...

6. Por isso acho que a defesa de teses estruturalistas denuncia uma alma imperial, imperialista - guarda esse peito o desejo de controlar tudo e todos... Ou, quem sabe, o extremo inverso: a covardia de uma alam encarcerada, que só tem como remédio culpar uma abstração chamada "estrutura"...

7. Mate-se, e a estrutura perde...




OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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