terça-feira, 3 de maio de 2011

(2011/260) "Licença para matar" - Maierovitch, sobre Obama versus Osama


1. Da Carta Capital:

CC: Mas ele vingou a morte das 3 mil vítimas de 11 de Setembro.
WFM: Vingou, mas não fez justiça, como Hillary e Obama disseram em seus discursos. Obama deu continuidade à doutrina Bush, de dar licença para matar, em vez de capturar e julgar os acusados de envolvimento com o terrorismo Obama aplicou a doutrina Bush. Isso não tem respaldo no direito internacional, embora os Estados Unidos estejam fora da jurisdição do Tribunal Penal Internacional, assim como Israel, Egito, Rússia e Índia. Trata-se de um ataque, e não de defesa. A luz do direito internacional, a morte de Bin Laden não pode ser considerada legítima defesa, porque ele poderia ser capturado e acabou executado. Aliás, essa não é a atitude que se espera de um Nobel da Paz. Obama mostrou que ainda não tem uma linha própria de atuação.

CC: Por quê?
WFM: Ele deixou de cumprir várias promessas e não se diferenciou de Bush. Anunciou que pretendia transferir o julgamento dos supostos terroristas das cortes militares para a justiça comum, mas depois voltou atrás ao perceber que eles seriam absolvidos em massa, uma vez que a justiça comum não aceita provas obtidas sob tortura. Também alardeou a retirada completa das tropas americanas do Iraque, mas deixou apenas os centros urbanos. Sem falar da manutenção da prisão de Guantánamo, a despeito da promessa de fechá-la. Ao matar Bin Laden, em vez de capturá-lo, Obama segue a doutrina Bush.



OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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