Tudo é uma questão de ponto de vista, cultura, geografia e calendário. Estúpida a ideia de que uma coisa É uma coisa e apenas uma coisa. Estúpida, ultrapassada, anacrônica. Uma coisa pode ser mil coisas. Sempre depende...
Por exemplo, a escravidão. Hoje é considerada um horror, mas há apenas algumas décadas, pouco mais de um século, era não apenas legal, mas legítima e culturalmente assimilada. Fazia parte da cultura. De todos os países, praticamente. A polícia inclusive capturava os escravos que fugiam, porque sempre há os inconformados. Assim, como você pode pensar que escravidão é uma coisa só, seu burro? É muitas, depende do tempo, do país, da época... O quê? Porque os negros escravos gritavam? Ora, exatamente porque eram fundamentalistas da cultura: achavam que sua opinião sobre a escravidão era a única válida, esquecendo-se que uma coisa é o que se quer que seja, dependendo da época, do clima, da hora, do gosto. Gente preta inconformada... até hoje!
Por exemplo, a escravidão. Hoje é considerada um horror, mas há apenas algumas décadas, pouco mais de um século, era não apenas legal, mas legítima e culturalmente assimilada. Fazia parte da cultura. De todos os países, praticamente. A polícia inclusive capturava os escravos que fugiam, porque sempre há os inconformados. Assim, como você pode pensar que escravidão é uma coisa só, seu burro? É muitas, depende do tempo, do país, da época... O quê? Porque os negros escravos gritavam? Ora, exatamente porque eram fundamentalistas da cultura: achavam que sua opinião sobre a escravidão era a única válida, esquecendo-se que uma coisa é o que se quer que seja, dependendo da época, do clima, da hora, do gosto. Gente preta inconformada... até hoje!
Ah, essa política pedagógica que me faz vomitar! Esse nojo retórico! Essa pós-modernização de tudo, de todos, de todas as coisas! Vamos nos abraçar todos e todas, e ter cada um de nós opiniões as mais livres que quisermos sobre qualquer coisa. Um pense A, outro B, outro C, outro Z, e, se faltarem letras no alfabeto, usamos letras gregas, hebraicas, ou fazemos uma classificação de ideias do tipo placa de automóvel...
Certo, vai ter hora que a polícia vai meter o cacete na gente, porque a opinião de quem manda não negocia com essa conversa mole pós-moderna, é porrada em quem está embaixo e pronto. Mas até aí a gente experimenta a perspectiva de que tiro de borracha no olho e gás nas narinas é Coca-cola, como aprenderam centenas no Chile... Alteridade na veia!
Eu não consigo ficar na mesma sala em que um discurso desses é articulado. É a mais completa idiotização.
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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