quinta-feira, 18 de abril de 2013

(2013/461) A mentira como profissão


1. Onde, no passado, a política e a teologia andaram juntas, sempre se perguntou, nos espaços da reflexão ético-política, se era legítimo mentir ao povo em nome de Deus - e as respostas eram, sempre, assim: sim, é legítimo mentir ao povo em nome de Deus se disso advierem benefícios para a sociedade como um todo, no que um dos defensores da tese completava o raciocínio: "se minha criada não acreditar em inferno, corro risco de amanhecer sem cabeça", tese que Voltaire igualmente defendia: "abaixo as doutrinas e os padres doutrinadores, mas sábio é o político que se utiliza de Deus no controle do povo"...

2.. Pois bem: os séculos se passaram. A pergunta que eu deixo no ar é: que profissões são exercidas programaticamente por conta da declaração de mentiras? Que profissional é mentiroso profissionalmente, faz da mentira a sua profissão?

3. Penso, aqui, em algumas...

4. Mencionarei duas: jornalista (há exceções, preciso crer!) e líderes religiosos evangélicos (há exceções, preciso crer!). Quer ouvir mentiras profissionalmente produzidas, enfeitadas com luz e jogo de cena? Assista a jornais da mídia corporativa e ligue a TV em canais religiosos, quaisquer que sejam...

5. Haverá outras profissões cuja tarefa é mentir descaradamente e disso tirar o maior proveito?







OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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