1. Acreditem-me, senhores, creiam-me, senhoras, não tenho fórmulas para o mundo. Minha cosmogonia se contenta com meu próprio mundo - e olhe lá.
2. Minha crítica é fruto mais de uma neurose. Não se uma síndrome de Dom Quixote. Na mão, vai-me bem um martelo, não uma lança...
3. Assim, o máximo que eu pensaria para Peroratio é que seja cinzel, com que cada um, ao sabor de seu desejo, desbaste a si mesmo, como se mármore fosse, e se esculpa a si mesmo, se o deseja.
4. Um melhor mundo para mim depende de que outros o construam comigo, mas não posso fazer com que construam - deve ser desejo e dedicação deles.
5. O cinzel de Peroratio quer ser, então, no máximo isso: cinzel de escultores, e que cada um se esculpa à imagem de sua própria consciência.
6. Martelo para mim, cinzel para quem o deseje...
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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