quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

(2011/019) Há mais de seis mil anos já se apreciava o vinho


1. Saiu na coluna Science, do New York Times: Cave Drops Hints to Earliest Glass of Red. Um grupo de arqueólogos descobriu evidências - sementes, instrumentos de fermentação e utensílios diversos - em cavernas da Armênia, as quais podem ser datadas em até 6.100 anos. Quatro mil anos antes de Cristo, já se tomava um vinhozinho... O artigo publicado pode ser lido aqui. Ninguém me tira da cabeça que a história da mística e do êxtase religioso corre paralela à história das bebidas "entorpecentes" e "alucinógenas" - ditas enteógenas, em contexto religioso -, das quais o álcool, o vinho, por exemplo, não está tão longe... In vino veritas...

2. Não vou tratar do tema aqui. Mas Is 4,2-6, da forma como o leio e interpreto, constitui uma "evidência" de que mulheres judaítas teriam sido afastadas do serviço religioso, argumentando-se, de um lado, que a menstruação as tornava imundas ("sangue") e, de outro, que o "vômito" das filhas de Jerusalém as tornava sujas... Traduz-se "imundície", mas, fenomenologicamente, ou é fezes, ou vômito. Para mim, vômito. Penso no efeito fisiológico provocado pela ingestão de substâncias enteógenas com fins à "revelação". Talvez, a fermentação da uva estivesse envolvida... A conferir.


OSVALDO LUIZ RIBEIRO

Nenhum comentário:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Sobre ombros de gigantes


 

Arquivos de Peroratio