1. A mitologia dos jogos de RPG e afins, moderna, é verdade, nasceu na cultura européia, nos contos, nas lendas, na literatura, desde há séculos. Autores modernos, contudo, capitaneados sobretudo por J. R. R. Tolkien, ressuscitaram-nos, mas de um modo "sistemático", criando, para cada um deles, um modus vivendi, uma forma "fixa", um habitat específico, de modo que, se você diz que um Elfo, por exemplo, vive na montanha, qualquer garoto do planeta imediatamente corrigirá a afirmação, evidentemente equivocada. Assim como o "lugar" de Deus (dos deuses, de modo geral) é no "céu", e o do Diabo (dos diabos, de modo geral) é no "inferno", também cada criatura do bestiário mitológico dos jogos modernos tem seu mundo próprio, suas armas particulares e preferidas - um Orc até pode usar arco e flexa, mas ele "pede", fundamentalmente, armas de contato...
2. Há uma analagia muito próxima entre o fenômeno da sistematização do bestiário mitológico moderno e o das metafísicas das religiões, fundamentalmente no quesito "teologia", quero dizer, nesse caso específico, a morfologia dos "deuses". Se levarmos em conta que a religião é, antes de tudo, um "jogo", fica evidente que estamos assistindo a um processo que já aconteceu na noite dos tempos, daquela vez, num campo existencial profundo da humanidade. Agora, diante de nossos olhos, ele se repete, mas ao modo da cultura imagética de massa do século XX. É um grande empreendimento cultural processando-se diante de nós. E, não se enganem, com ramificações profundas e, no momento, ainda não de todo perceptíveis, no imaginário humano.
2. Há uma analagia muito próxima entre o fenômeno da sistematização do bestiário mitológico moderno e o das metafísicas das religiões, fundamentalmente no quesito "teologia", quero dizer, nesse caso específico, a morfologia dos "deuses". Se levarmos em conta que a religião é, antes de tudo, um "jogo", fica evidente que estamos assistindo a um processo que já aconteceu na noite dos tempos, daquela vez, num campo existencial profundo da humanidade. Agora, diante de nossos olhos, ele se repete, mas ao modo da cultura imagética de massa do século XX. É um grande empreendimento cultural processando-se diante de nós. E, não se enganem, com ramificações profundas e, no momento, ainda não de todo perceptíveis, no imaginário humano.
O R C S
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