sábado, 23 de janeiro de 2010

(2010/072) Três momentos maternos


1. Minha mãe criou-nos praticamente só. Bem, teve ajuda de meus avós. O que quero dizer é que não tivemos um pai que nos amparasse, de modo que a presença de mamãe era, ao mesmo tempo, materna e paterna - às vezes, mais paterna, eu diria...

2. Três momentos estão marcados em minha memória. Um Natal, não sei quando, década de 70, ainda. Madrugada. Passaria O Incrível Exército de Bracaleone. Lembro-me de algumas cenas, mas o que me marca mesmo foi a sensação de mamãe deixar-me assistir ao filme com ela, meio de madrugada, uma época em que crianças eram postas na cama às nove... Me senti!

3. O segundo momento, também nos 70, foi quando ela me acordou de madrugada - mesmo! -para ir com ela ao CEASA. Ela tinha uma banca na feira-livre, e, naquela dia, ia encomendar coisas. Fomos de ônibus. Lá, ela comprou guaraná (da Antárctica - que sabor ele tinha! [não tem mais o mesmo sabor]) e um salgado - a primeira vez na vida que comia um... Senti-me gente grande...

4. Finalmente, Hawaii Five-0 (Havaí Cinco-Zero). Era um seriado que ela adorava. Eu gostava, porque ela gostava... Nem me lembro dos episódios, na verdade, de nenhum, mas a música nunca me saiu da cabeça. Agora há pouco, assistindo TV com Bel, ela me veio à mente. Como a Internet é magia pura, fui ao Youtube e...



OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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