Eu nunca vi nos terreiros de umbanda e de candomblé que frequentei, por minha mãe levado, em minha infância e pré-adolescência, indivíduos mais importantes do que os orixás, os caboclos, os erês, os preto-velhos. O que sempre importou foram os "santos", a que se queria ter acesso, e, quando em sentido mais amplo, a festa como um todo, a comida, sempre farta, a bebida em cascas de coco, a dança - ah, como se dança ali... Lembro que no Rio de Janeiro a Umbanda está mais para o Candomblé do que para o Cristianismo, de modo que os cultos são muito parecidos, com atabaques, inclusive, com raras exceções.
Já no mundo evangélico, não é raro encontrar cultos em que o cantor se faz mais importante do que o deus a quem supostamente ele canta. Só isso já revela uma diferença significativa - e, convenhamos, para pior...
E, por favor, o fato de o pavoneado cantor dizer que canta para seu deus e fazer aquelas pantomimas de humildade não convence a ninguém...
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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