quarta-feira, 2 de julho de 2014

(2014/703) Religião para produção de sentido na vida?


Cada vez mais considero algum tipo de reducionismo - e reducionismo de bairro, quero dizer, reduzido pelo e para o código do próprio teórico reducionista, nos termos de seu mundo e de seus valores (ou seja, "projeção") - a tese que afirma que religião é produção de sentido, que a sua função é dar sentido à vida.

Acho que essa tese deriva da inserção ideológica do teórico no mundo burocrático não religioso da atualidade que, tendo consciência de que a religião não responde mais pela sociedade como um todo, interpreta-a como a agência semantizante por excelência.

Acho que esse teórico percebeu que a religião se tornou apenas uma agência social, dentre outras, mas ainda olha para ela como uma forma reduzida do que ela era quando ela respondia pelo todo da experiência humana.

Eu acho que esse teórico ainda é profundamente religioso, que as teses da religião como totalidade da experiência humana ainda controlam seus juízos, mesmo que ele se considere um acadêmico.

É o que eu tendo a achar...


OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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