Por que o administrador religioso precisa reforçar, de 15 em 15 minutos, a necessidade de o fiel entregar-se aos ritos da fé - orar, ler a Bíblia, ir ao culto, dizimar, adorar e qualquer outra coisa que se invente?
Eu penso que seja pela consciência que o administrador tem (é intuitivo!) que esse mundo religioso em que o fiel está enfiado é como uma névoa matinal - quando o Sol arde, forte e claro, iluminado e quente, ela se dissipa, e a realidade vem à tona...
Uma vez que esse mundo religioso é como aquela névoa, é preciso manter a temperatura, a atmosfera, o clima, a umidade, e, sobretudo, afastado o Sol.
Para o fazer, insiste-se na ininterrupta prática dos ritos, pequenos que sejam, desde que sejam ininterruptamente levados a bom termo.
Com o corpo e a alma entregues dia sim e dia também, de hora em hora, full time, aos ritos programáticos administrados, dificilmente o religioso se dará conta, com a própria consciência livre e liberta, do mundo de névoa em que vive...
Vejam que não estou - nesse post - discutindo se esse mundo de névoa é bom ou ruim. Acho que é no mínimo potencialmente ruim, Mas não estou dizendo isso aqui. O que estou dizendo é que ele é mantido pela administração programática de doses controladas de cortinas e quebra-sóis...
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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