Fui para o Seminário por causa da Bíblia e o que mais gostei de estudar nele foram as disciplinas bíblicas. Na metade do curso, as pastorais eram um sacrifício para mim - a despeito de eu ter que estudar muito bem para tirar notas altas, era a minha vaidade...
Estudei Hebraico com quem não era exatamente da área. Tudo bem...
Quando terminei, eu não conseguia traduzir um versículo inteiro direito. Não tinha ferramentas decentes - não podia comprar, e não me alfabetizara. Uma coisa horrorosa...
Todavia, eu não podia simplesmente ficar sem isso. Eu pressentia que, sem entrar na língua original, era inútil estudar a Bíblia já que os tradutores são - e hoje sei ainda mais - traidores. Mesmo quando honestos...
Então, paguei o preço. Sofria no começo, lento, lesma, lesma lerda. Passei vergonha no Mestrado, com professor e colegas se exibindo e fazendo questão de revelar minha inépcia na leitura. Mas, a despeito de tudo isso, eu sabia que tinha que ir em frente. Fui.
Hoje, longe de ser um especialista em Hebraico, não confio a ninguém a tradução dos textos bíblicos que eu quero estudar. Eu os traduzo - e pode ser o livro do maior especialista em AT do planeta, vai ter que prestar contas.
Qualquer um pode fazer. Qualquer uma. É como tocar piano - treinar, treinar, treinar.
Com a vantagem de que, enquanto você aprende, não ofende os ouvidos de ninguém...
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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