sábado, 15 de junho de 2013

(2013/596) Não há arte pública - há política


No Congresso da Unida, ouvi acenos para as artes, como se as artes fossem a alternativa pura e santa para os desmandos da fé...

Só quem saiu dos desmandos da fé, mas só pela metade, pode pensar assim...

A arte não é neutra. Quem fala "a arte", como se ela fosse um mundo em si, faz a mesma coisa que aqueles que falam da religião como humanizadora, libertadora, blá blá blá...

A arte, se púbica, é sempre momento segundo> o moimento primeiro é o da decisão política sobre o que ela será - se os negro espirituals, se os hinos da República de Platão...

Arte...

Faz-me rir...

E não é nenhuma coincidência que os dois lados, os elogiadores da fé e das artes, alguma coisa entre ingênuos e engajados, sejam os mesmos a detratar, a tempo e fora de tempo, a racionalidade e a razão...

Eu bem imagino o porquê!






OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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