1. Outra declaração de Nietzsche: "só depois de conhecer todas as coisas o homem se conhecerá. Pois as coisas são simplesmente as fronteiras do homem" (Aurora, Livro I, 48).
2. Alternativa da filosofia não-fundacional e intersubjetiva: o homem não tem acesso às coisas mesmas, só às palavras; o homem está isolado em seu mundo hermenêutico. Se isto é certo, e se a declaração de Nietzsche faz sentido, segue-se que o homem nunca irá conhecer-se. De resto, não há é conhecimento algum, só vertigem e delírios de celulose, mesmo o daqueles que escrevem livros para dizer que não se pode entender de fato coisa alguma...
3. Alternativa ecossitêmica e crítico-realista: o homem tem acesso ao não-eu, que interpreta em termos humanos. Não, os termos são humanos, mas não o não-eu. O não-eu é a fronteira do eu, e é a partir do não-eu que o eu se define e identifica. De sorte que o mapeamento heurístico/hermenêutico do real constitui etapa fundamental do processo de autoconhecimento humano.
4. Como é pobre a saída "política" do não fundacionismo. Para acabar com a guerra, decidem que não há armas! É o inverso de Bush: para fazer guerra, inventa que há armas...
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
Nenhum comentário:
Postar um comentário